domingo, 10 de agosto de 2008

PAI, UMA MISSÃO SEM FIM


Aquilo que não foi semeado não poderá ser colhido

A missão confiada aos pais não é assegurada somente quando nossos filhos são apenas crianças. Precisamos ser bons mestres tanto nos ensinamentos como em atitudes, e isso não cabe a nenhuma escola. Muitas vezes, o acúmulo de coisas e outras preocupações pertinentes aos genitores fazem passar despercebido o fato de que a formação do caráter dos filhos depende deles.
Numa casa, nos finais de semana, sempre há muitas coisas para ser resolvidas; outras para ser consertadas, entre outros. E quase sempre, na tagarelice de criança, estará o filho rodeando o pai simplesmente para estar junto dele, ou para espalhar suas ferramentas. O filho – sem ter conhecimento - dispõe ao pai uma oportunidade de fortalecer vínculos e de fazer de uma simples tarefa doméstica uma experiência inesquecível para ambos; mesmo quando ele [o filho] inventa brincadeiras no mesmo local onde o pai está trabalhando.
São esses momentos que propiciam maior intimidade entre pais e filhos, por mais breve que sejam eles. Certamente, em pouco tempo, já não estarão mais interessados em ajudar a apoiar uma escada, nem a lavar o carro ou arrumar uma antena...
Nossas crianças não crescem já conhecendo sobre o que é certo e errado, tampouco têm idéia sobre a necessidade de se esperar o momento adequado para ganhar o presente que desejam ou ainda fazer aquilo que bem entendem como se o mundo girasse ao redor delas. Por outro lado, a missão de pai não termina com a chegada da juventude do filho. Rapidamente outras atividades vão tomar parte da vida de nossos jovens e não permanecerão eternamente sob as sombras dos pais. Dentre as novas ocupações, também vão estar o “compromisso” de responder e-mails, atualizar seus contatos em sites de relacionamentos, entre outras coisas.
Lembro-me de que na minha adolescência, pouco a pouco, fui estimulado a buscar trabalho, me fazendo assim conquistar o próprio dinheiro. Isso me permitiu experimentar a sensação de alcançar a minha “independência financeira” e de aprender como controlar meus próprios gastos. A sensação de ser dono do “próprio nariz”, ainda que não tivesse maturidade suficiente para enfrentar as próprias responsabilidades, já me estimulava a firmar meus propósitos naquilo que achava estar correto.
Na atitude natural daqueles que procuram proteger e defender seus objetivos e diante do parecer contrário dos pais a respeito de seus interesses, o jovem pode replicar questionando: “Por que não?”. Certamente, uma simples resposta de “porque sim” ou “porque eu quero assim” já não mais será suficiente para convencer o filho. De outro modo, abrir mão da responsabilidade e das regras estabelecidas em casa, deixando o jovem viver segundo seu bel-prazer, não deverá ser o caminho mais fácil para se evitar conflitos.
Podemos enfrentar algumas dificuldades para assimilar as possíveis diferenças de opiniões e de comportamento de nossos filhos. Mas a constância nas observações das normas e a perseverança na vivência das virtudes não permitirão que os laços de amizade e de confiança da família se tornem infecundos. Assim, o respeito mútuo será o sustentáculo que permitirá o diálogo, no qual, poderão encontrar - juntos - a melhor maneira para se equacionar possíveis impasses.
Lembremos que aquilo que não foi semeado não poderá ser colhido, nem sob a condição de uma autoridade opressora.

Deus abençoe a todos que abraçaram essa missão.

José Eduardo Moura



webenglish@cancaonova.com



Missionário da Comunidade Canção Nova, trabalhando atualmente na na Fundação João Paulo II no Portal Canção Nova.

sábado, 2 de agosto de 2008

EXAME DE CONSCIÊNCIA - FAÇA O SEU AQUI!


Para pensar: A confissão é um sacramento e para tanto é preciso preparar-se bem. Evite de conversar ou distrair-se. Coloque-se na presença de Deus e pedindo o auxílio do Espírito Santo faça o seu exame de consciência. Depois aproxime-se do confessor (que representa Cristo) com confiança e humildade. Sem rodeios confesse os seus pecados chamando-os pelo nome, sem citar nomes de pessoas ou entrando em detalhes desnecessários nem mesmo omitindo coisas importantes.

Quando tempo faz que eu não me confesso?

Para com Deus:

Amei o Senhor procurando conhecê-lo e servi-lo? Desacreditei de Deus, duvidei da minha fé? Deixei de esperar em Deus colocando minha confiança somente nas minhas idéias, nas coisas ou nas pessoas? Quis salvar-me sozinho, esperando somente nas minhas capacidades ou virtudes? Fui indiferente e ingrato para com Deus? Hesitei em responder à vontade divina? Revoltei-me contra Deus? Passei a viver como se Ele não existisse, me amasse e cuidasse de mim? Prestei culto de adoração ao pecado e aos ídolos deste mundo?

Rezei com perseverança, assiduidade e devoção? Cumpri os votos e promessas que fiz ao Senhor? Fui supersticioso (acreditei em horóscopos, amuletos, etc)? pratiquei a adivinhação, o espiritismo e a magia? Envolvi-me com esoterismo? Coloquei Deus à prova? Pratiquei sacrilégio (profanei ou tratei indignamente os sacramentos ou lugares sagrados?) invoquei o nome de Deus com desrespeito ou em vão? Disse blasfêmias ou lancei pragas em nome de Deus? Fiz juramentos falsos? Respeitei o domingo como dia do Senhor (dia de descanso, de oração e de fraternidade?) Participei integralmente da celebração eucarística com atenção e devoção? Participei da missa nos dias santos?

Para com o próximo e para consigo mesmo Amei, honrei e respeitei meus pais e a todos aqueles que possuem autoridade sobre mim? Dialoguei, ajudei verdadeiramente estas pessoas de modo a não tornar-me um peso para elas? Fui arrogante e desobediente? Amei, ajudei e busquei o bem dos meus filhos e dos que dependem de mim? Fui arrogante e autoritário com eles? Usei da minha autoridade para me promover ou para simplesmente manipulá-los? Procurei tomar consciência dos valores a serem vividos na política e na sociedade de modo a participar na transformação do mundo?

Matei alguém? Pratiquei o aborto, desejei a morte de alguém? Tentei o suicídio? Esqueci que a vida é dom de Deus e que eu sou administrador e não dono da minha vida? Dei escândalo, isto é mau exemplo levando os outros a pecar (com minhas palavras, minhas atitudes, meu jeito de vestir, de falar? Cuidei da minha saúde e da saúde dos outros? Fui vaidoso cultuando o meu corpo? Exagerei na comida ou estraguei minha saúde com álcool, com o fumo? Usei drogas (o que é falta grave)? Respeitei e amei os doentes, os mais fracos, os necessitados e pobres? Fiz distinção das pessoas?

Discriminei as pessoas por serem de outra cor, por serem de outra religião ou por pensarem de modo diferentes ou por serem pobres ou marginalizadas? Perdoei sinceramente quem me ofendeu? Guardei mágoas, ressentimentos? Julguei os outros pela aparência? Cultivei antipatias? Desprezei alguém? Usei de agressividade e desrespeito com os outros? Fui agressivo, arrogante, intolerante, mau educado? Cultivei a ira, o ódio? Falei mau das pessoas (especialmente as ausentes) ao invés de conversar com a pessoa interessada? Caluniei alguém? Disse mentiras? Procurei dialogar ao invés de discutir?

Procurei ouvir as pessoas? Aceitei as críticas construtivas? Fui exibido, quis aparecer? mendiguei o aplauso ou o reconhecimento dos outros? Tentei de ajudar os outros com meu conselho, com minhas atitudes concretas de ajudas (materiais e espirituais) possíveis? Fui apegado a coisas materiais? Idolatrei o dinheiro? Roubei, furtei ou desviei dinheiro ou bens materiais que não tinha direito? Debochei das pessoas, humilhei-as? Respeitei os bens do próximo (suas coisas materiais, suas virtudes e capacidades, as pessoas que estão junto delas?), tive inveja, cobicei os bens do próximo?

Cumpri com responsabilidade e dedicação os meus deveres (profissionais, de estudante)? Fui preguiçoso, ocioso, acomodado? Respondi positivamente e vivi a minha vocação (o chamado que Deus me fez)? Guardei a castidade do meu corpo e da pureza da minha alma? Cultivei deliberadamente pensamentos impuros e que desonram a sexualidade querida por Deus? Olhei de modo indecente ou cobiçoso as mulheres ou homens? Vi revistas ou assisti programas pornográficos?

Pratiquei a masturbação? Pratiquei a fornicação (relações sexuais fora do matrimônio? Com pessoas do mesmo sexo no homossexualismo? Com namoros indecentes, com carícias exageradas ou intimidades que não são lícitas para namorados e noivos? Namorei de modo descompromissado (“ficar”) só para me satisfazer com o outro? Pratiquei sexo usando crianças? Com animais?) Usei de métodos anti-concepcionais condenados pela Igreja? Fui fiel ao meu esposo(a) em olhares, atitudes, pensamentos, comportamentos? Acolhi com fé e amor os filhos que Deus me envia?



Depois da confissão: escute atentamente os conselhos do confessor e responda com sinceridade as perguntas que ele eventualmente lhe fizer. Reze em seguida o ato de contrição.



ATO DE CONTRIÇÃO:





MEU DEUS EU ME ARREPENDO DE TODO O MEU CORAÇÃO POR VOS TER OFENDIDO PORQUE PECANDO OFENDÍ A VÓS QUE SOIS BOM E DÍGNO DE SER AMADO SOBRE TODAS AS COISAS. PROMETO COM A VOSSA GRAÇA DE NÃO MAIS PECAR E DE FUGIR DAS OCASIÕES PRÓXIMAS DE PECADO. MEU JESUS MISERICÓRDIA.Receba a absolvição (o perdão que o sacerdote lhe dará).



Ao se afastar do confessor: Não se distraia, nem vá conversar. Coloque-se em oração e cumpra a penitência mandada pelo padre. Depois disso agradeça a Deus porque Ele foi misericordioso e bondoso perdoando os seus pecados.

OBS: Após fazer o seu exame de consciência, procure um sacerdote sem medo e deixe-se ser acolhido, envolvido totalmente na misericórdia de Jesus que não te condena, mas que te acolhe e te levanta para um novo recomeço.

Deus te abençoe!

Unida em oração,
Ana Néri (Comunidade Canção Nova)