terça-feira, 25 de novembro de 2008

"Jesus Eucarístico: Sol que ilumina a nossa alma"


Jesus Sacramentado é o alimento que sustenta as almas devotas, e que O recebe dignamente: “Oh! se pudéssemos compreender quem é o Deus que recebemos na Comunhão, que pureza de coração nós guardaríamos” (Santa Maria Madalena de Pazzi).
Sem a Santíssima Eucaristia, a nossa alma seria um deserto árido, castigado pela tempestade das tentações e sem receber nenhum consolo.
A alma devota de Jesus Eucarístico é feliz, porque possui a Nosso Senhor, Riqueza Infinita; ela possui dentre os tesouros, o mais precioso, e pode realmente alegrar-se, porque vive mergulhada no Amor dos amores, no Amor que a inunda de força e paz.
Ele é o consolo dos aflitos e atribulados, é a coluna que sustenta os desanimados, é a luz que ilumina o caminho daqueles que estão sedentos da verdade; Ele é também o incentivo para aqueles que são bons e que desejam chegar o mais rápido possível à santidade.
A alma devota de Jesus Sacramentado, não busca o consolo dos homens, porque já possui o Deus Consolador. Ela não busca as falsas alegrias que o mundo oferece, porque já possui a Deus, Alegria Infinita. A alma unida a Nosso Senhor, sorri do barulho e das vaidades do mundo, ela trata tudo como lixo, porque possui a verdadeira paz, que vale mais do que todas as riquezas da terra.
A alma que comunga com freqüência, se assemelha a uma rocha diante das tempestades; ela é açoitada por fortes ventos das tentações e perseguições, mas não se move; enquanto que a alma que não recebe Nosso Senhor na Eucaristia, se assemelha a um caniço que balança de um lado para o outro, e está sempre a se arrastar pela lama do mundo.
Para uma alma unida a Jesus Eucarístico é sempre primavera, mesmo no verão das provações, ela continua florindo e espalhando o seu perfume de santidade.
A alma que não recebe Jesus Sacramentado, vive nas trevas, da mesma forma que o mundo sem o sol, viveria mergulhado na escuridão.
O cervo sedento corre ao encontro das águas cristalinas do riacho para matar a sua sede, enquanto que a alma sedenta, vai ao encontro de Jesus Sacramentado para saciar a sua sede de amor e paz.
Quem ama verdadeiramente a Nosso Senhor, nunca Lhe diz basta; pelo contrário, deseja ardentemente viver para Ele, com Ele e n’Ele, e o limite do seu amor é justamente o de amá-lO sem limite.
A alma que trata com indiferença a Jesus Eucarístico, para seguir as máximas do mundo e buscar consolo no seu barulho, é uma alma adúltera, que trocou o seu Esposo Celeste pelo seu inimigo. Essa alma jamais sentirá a paz que vem de Deus, porque Ele não aceita um coração dividido.
A Santíssima Eucaristia é o Sol que ilumina a nossa alma.

Pe. Divino Antônio Lopes FP.
Anápolis, 28 de janeiro de 1999

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

"NÃO DISCUTIR"


Tristes daqueles que aceitam a provocação...



Um dos grandes segredos para sermos felizes é saber enfrentar os problemas com maturidade e serenidade. Se você quer ser feliz, não deixe que nada de negativo invada seu coração. Procure viver a reagir com naturalidade. É claro que vamos nos sentir magoados quando alguém nos ofender. Mas, como já sabemos, é preciso ter serenidade e maturidade diante das críticas e ofensas.
Infelizmente, a maioria das pessoas acha que precisa ter sempre razão acerca de tudo. E isso também tira-lhes a paz interior, pois, sentem-se forçadas a argumentar até as últimas conseqüências. Aí está a causa de tantas brigas, discussões e contendas. Não precisamos ter sempre a última palavra. O outro também pode ter razão; talvez estejamos enganados. Talvez o outro precise de um reforço positivo, talvez também tenha necessidade de se superar. São argumentos que nos ajudam a não perdermos a paz com discussões idiotas.
A Bíblia nos diz que Jesus não discutia nunca. Ele simplesmente respondia, ocultava-se de seus adversários ou se retirava. Em meio a uma discussão que não levaria a nada, “ocultou-se deles” (cf. Jo 12,36). Jesus sabia quem era, a verdade que possuía e a importância de Sua missão. Por isso mesmo, ao ser uma vez agredido, “passando por eles, retirou-se” (cf. Lc 4,30). Ele nunca contestava. Jamais precisou argumentar: "Só saio daqui quando provar que sou o Filho de Deus". Ele sabia que o era.
Essa é uma das grandes ações que podemos e devemos experimentar. Tenho procurado realizar isso em minha vida e tenho percebido, cada vez mais, que os frutos são muito positivos. Por que vou perder tempo tentando me defender? Ora, quando uma pessoa nos acusa, ela o faz por motivos interiores. Ou a estamos incomodando ou questionando algum comportamento seu com nossa atitude. Então ela passa para a defensiva e procura nos provocar. Tristes daqueles que aceitam a provocação. Acabam se nivelando à provocação.
Para manter a paz interior é preciso muito mais que algumas pistas psicológicas. É preciso ter o coração curado. A cura interior nos revela quem somos. Mostra-nos que não precisamos provar nada a ninguém. Basta que saibamos, com humilde e serenidade, diante de Deus, e diante de nós mesmos, quem somos de fato. A cura interior nos ajuda também a mudar o que em nós precisa ser mudado.

(Trecho extraído do livro: "Seja feliz todos os dias").

Pe Léo, SCJ.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

"CANÇÃO NOVA A SERVIÇO DA IGREJA"


Você é participante de tudo isso
O Reconhecimento Pontifício dos Estatutos da Canção Nova é uma grande graça de Deus, não somente para a nossa Comunidade, mas para toda a grande família que hoje somos e da qual você faz parte.
O fato de ser reconhecida como uma Associação Internacional de Fiéis significa que a Santa Sé, através do Conselho Pontifício para os Leigos, atesta que a Canção Nova está apta e suficientemente preparada para servir à Igreja, não somente numa Diocese e num país, no nosso caso, o Brasil, mas em qualquer parte do mundo.
Ela, hoje, é internacional. Ela está a serviço não só da Igreja local, mas da Igreja Universal. O Reconhecimento Canônico da nossa Comunidade significa que o Conselho Pontifício para os Leigos atesta nossa comunhão com a Igreja, isto é, que estamos realizando a nossa missão em comunhão com o Santo Padre, o Papa, o Sucessor de Pedro, e com os bispos, os sucessores dos apóstolos.
É uma grande vitória: a Santa Sé reconhece que somos Igreja e estamos a serviço dela. Mas, ao mesmo tempo, é uma grande responsabilidade. Mais do que nunca, precisamos corresponder a tudo o que a Igreja espera de nós. Ela acolhe a Canção Nova como um dom de Deus, um carisma útil e necessário para o bem dela [Igreja] e do mundo. Um carisma cuja missão é uma graça não somente para uma Diocese ou para uma Conferência Episcopal, mas para a catolicidade, para a Igreja Universal. Um carisma que passa a participar do ministério apostólico do Santo Padre, o Papa.
É um novo tempo! É um ponto de chegada e um ponto de partida! É importante salientar que com esta aprovação a Igreja quer que a Canção Nova realize a sua missão não apenas por um tempo, mas que ela se perpetue no seu carisma e realize toda a missão que Deus lhe confiou, até o fim. Isso depende muito de nós, da nossa entrega, da nossa correspondência e da nossa fidelidade.
É tempo de festa! Precisamos comemorar este grande acontecimento. Mas também iniciamos um tempo de muita responsabilidade.
Preciso dizer com muita clareza que você é participante de tudo isso. Você que ama a Canção Nova e por isso acreditou nela, que contribui para que ela realize toda a sua missão de evangelizar, especialmente através dos meios de comunicação. Você que reza por nós, que perdoa as nossas falhas, porque queremos realizar com ardor a nossa missão, mas somos humanos e erramos muitas vezes. Enfim, você que é Família Canção Nova contribuiu eficazmente para construirmos, juntos, esta linda história de trinta anos da nossa Comunidade. E justamente nesse aniversário tão significativo, receber o maravilhoso presente do nosso Reconhecimento Pontifício.
Muito obrigado por tudo! Deus lhe pague!
Aos trinta anos, como Jesus, começamos a nossa vida pública. Conto com você para levarmos em frente essa aventura de fé.
Deus abençoe você e sua família.


Mons. Jonas Abib

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

"Somos os trabalhadores da última hora"


Os leigos podem ir aonde os bispos e padres não chegam



Nós estamos, graças a Deus, no tempo da misericórdia, tempo em que o Senhor se põe de braços abertos para acolher a todos que vêm a Ele. Deus é sempre misericordioso, mas também é justo. Haverá um momento em que Ele vai precisar usar da Sua justiça; por isso, volte agora para o Senhor! Ele está esperando por você e pelos seus.

Nós estranhamos a conclusão do Evangelho em que o proprietário sai em busca de operários para sua vinha (cf. São Mateus 20, 1-16). A uva tem que ser colhida no tempo exato, por essa razão ele vai de madrugada procurar trabalhadores, e volta às 9h, ao meio-dia, às 15 e às 17h. Por que ele volta tantas vezes? Porque ele é o dono da vinha e os cachos de uva têm que ser colhidos, pois não podem se perder. É por essa razão que ele vai buscar operários também às 17h.

Há um outro aspecto muito importante nesse Evangelho: vou falar de nós operários que o Senhor manda buscar porque não quer perder suas "uvas". Você é operário do Senhor até mesmo em gratidão por ter sido "colhido" e trazido de volta a Ele. Você é chamado a ser evangelizador e entrar no trabalho do Senhor.

Na Igreja há lugar para todos, mas, na evangelização, vocês leigos podem ir aonde os bispos e nós padres não podemos; em primeiro lugar, na sua família, você é o primeiro apóstolo dela; você pai, mãe, filho. Existem muitos filhos que ainda precisam ser "colhidos" pelo Senhor. Você é o apóstolo da sua casa, você é o evangelizador. Dizemos que "santo de casa não faz milagres", mas a grande arma não está na boca, em você ficar falando com a pessoa, mas a grande arma está nos joelhos: reze, reze, reze! Chegue até a cama de seu filho quando ele estiver dormindo e reze por ele.

Queira realmente que seu filho seja resgatado pelo Senhor, queira e não desanime; busque todas as ocasiões. Facilite para que ele se encontre com outros jovens em tantos movimentos que o Senhor tem suscitado na Igreja d’Ele. Você verá o efeito que isso fará. É preciso que você queira a salvação de seus filhos.

Quantos filhos e quantas filhas precisam resgatar o pai e a mãe também. Infelizmente, há muitos pais que na nossa cultura são “durões” e não vão à igreja, e precisam ser resgatados pelo Senhor; eles não podem se perder, e é claro que você não quer que eles se percam. E não basta que eles sejam “bonzinhos”, eles precisam voltar a Deus, aos sacramentos. Se nós rezarmos ao Senhor pelos nossos pais e avós, o Senhor buscará o momento para salvá-los, nem que seja o último dia.

Meu irmão, é preciso trabalhar e querer a salvação de nossos entes queridos! Você está em lugares aonde nós padres não podemos chegar, e você precisa também ser o evangelizador onde você trabalha e para as pessoas que Deus coloca em seu caminho. Precisamos querer a salvação deles, nesses lugares, você está perto dessas pessoas e pode lhes falar e agir. Primeiro a sua própria presença, como alguém do Senhor, incomoda, por isso, você não pode ser uma pessoa chata. Pois só de não se comportar como os outros, você acaba sendo um estranho no "ninho" e isso incomoda.

Nós não somos “carolas” como eles dizem, mas eles também reconhecem que nós fazemos a diferença; e é assim que precisamos ser, pois quando a “coisa aperta” eles buscam a nós. Reze e não perca a ocasião, pois você é apóstolo da última hora, realize a sua missão.

Meus irmãos, está na hora de acordarmos e darmos tudo de nós, pois o Senhor nos dará o pagamento “daquele que trabalhou o dia todo”. O Senhor quer dar esse pagamento a você, comece onde puder começar; e se você ainda não tem o aprendizado de como levar o Evangelho, fale daquilo que você é hoje, daquilo que você conseguiu; a vida fala mais que mil palavras.

São Paulo fala: “Irmãos: Cristo vai ser glorificado no meu corpo, seja pela minha vida, seja pela minha morte. Pois, para mim, o viver é Cristo e o morrer é lucro” (Filipenses 1,20c-24.27a). O grande apóstolo foi como um bom operário que não deixou nenhum “cacho de uva” se perder. E ainda diz que só uma coisa importa: viver à altura do Evangelho de Cristo. Diga ao Senhor: “Senhor, é isso que eu quero ser pela Sua graça. Amém!



Mons. Jonas Abib




sábado, 1 de novembro de 2008

"A VERDADEIRA CARIDADE"


Há amor em você! Esse amor se chama caridade. O inimigo estraga tudo e acaba caricaturando o que há de mais lindo. Isso foi uma profanação que ele fez.

Hoje caridade significa dar esmola, doar algumas coisas, muitas vezes, sem compromisso, tanto assim que se diz por aí: “Eu não quero saber de caridade; se você quiser me dar alguma coisa, me dê, mas não quero saber de caridade”. Muitos pobres dizem isso. Por quê? Porque a palavra “caridade” tornou-se uma caricatura. Mas caridade vem de cáritas. Cáritas vem de caris. Caris deu a palavra carisma, e caridade vem daí.

A verdadeira caridade é a união do amor divino com o amor humano. Deus lhe deu amor. No começo da criação o amor era puro, como a nascente de água que sai da serra. O seu amor era amor de Deus. Depois veio o pecado original e envenenou a fonte, o amor se misturou com sensualidade, com sexualidade, egoísmo, ganância, cobiça.

Quando veio no poder do Espírito Santo, Jesus deu a esse amor o nome de caridade. É um dom. Um presente. É o próprio Espírito Santo amando e misturando em você o amor divino com o amor humano. Isso é caridade!

O Senhor quer nos batizar nesse amor, que é caridade, para que, daqui para a frente, a nossa sensibilidade tire de dentro de nós amor verdadeiro. Amor que é doação, serviço, entrega. Amor que, muitas vezes, é sacrificar-se, doar-se e esquecer-se de si, perder por causa dos outros. Amor que muitas vezes é perdoar, desculpar, suportar, agüentar, dar, ouvir, passar noites sem dormir.


Seu irmão,

Monsenhor Jonas Abib