sexta-feira, 23 de outubro de 2009

"ENCONTRO COM OS DEVOTOS E APÓSTOLOS DA DIVINA MISERICÓRDIA'


“Nenhuma alma terá justificação enquanto não se dirigir, com confiança, à minha misericórdia”. Esta é uma das frases que Jesus disse à Santa Faustina e que está registrado no diário da religiosa que é considerada a Santa do Santíssimo Sacramento.




Neste final de semana, entre os dias 23 e 25 de outubro, acontece na sede da Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP), o Encontro com os Devotos e Apóstolos da Divina Misericórdia. Com o tema "Cinco formas de praticar as obras de misericórdia", o evento contará com a celebração da Santa Missa, terço, orações e adoração ao Santíssimo Sacramento.Presenças: Padre Ednilson de Jesus Dantas Santuário da Divina Misericórdia – Curitiba (PR)Padre Antônio Aguiar Comunidade Divina Misericórdia – Rio de Janeiro (RJ)Eliana e Ricardo Sá Casal de missionários da Comunidade Canção Nova.


ACOMPANHEM ESSE MARAVILHOSO MOMENTO PRA TODOS OS DEVOTOS DA DIVINA MISERICÓRDIA!


E TAMBÉM NÃO PERCAM O ENCONTRO QUE O NOSSO APOSTOLADO ESTARÁ PROMOVENDO NESTE DOMINGO EM ÁGUAS SANTAS NA CAPELA DE SÃO JOSÉ!


PASSE LÁ! TE ESPERAMOS, VIU?


Unido contigo ao amor misericordioso,

Lucas Fagundes.

domingo, 18 de outubro de 2009

"MENSAGEM DO PAPA PARA O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES 2009"


MENSAGEM DO SANTO PADREPARA O DIA MUNDIAL DAS MISSÕES DE 2009(18 DE OUTUBRO)"As nações caminharão à sua luz" (Ap 21, 24)



Queridos irmãos e irmãs,Neste domingo dedicado às missões, dirijo-me antes de mais a vós, Irmãos no ministério episcopal e sacerdotal, e também a vós, irmãos e irmãs do Povo de Deus, para vos exortar a reavivardes a consciência do mandato missionário de Cristo, a fim de fazer com que "todos os povos se tornem seus discípulos" (Mt 28, 19), seguindo as pegadas de São Paulo, o Apóstolo dos Gentios."As nações caminharão à sua luz" (Ap 21, 24). O objectivo da missão da Igreja é iluminar com a luz do Evangelho todos os povos em seu caminhar na história rumo a Deus, para que encontrem n'Ele a sua plena realização. Devemos sentir o anseio e a paixão de iluminar todos os povos, com a luz de Cristo, que resplandece no rosto da Igreja, para que todos se reúnam na única família humana, sob a amável paternidade de Deus.É nesta perspectiva que os discípulos de Cristo espalhados pelo mundo trabalham, se dedicam, gemem sob o peso dos sofrimentos e doam a vida. Reitero com veemência o que muitas vezes foi dito pelos meus Predecessores: a Igreja não age para ampliar o seu poder ou reforçar o seu domínio, mas para levar a todos Cristo, salvação do mundo. Pedimos só que nos seja dado servir toda a humanidade, sobretudo a mais sofredora e marginalizada, porque acreditamos que "o compromisso de anunciar o Evangelho aos homens de nosso tempo... é sem dúvida alguma um serviço prestado à comunidade cristã, mas também a toda a humanidade" (Evangelii Nuntiandi, 1), que "apesar de conhecer realizações maravilhosas, parece ter perdido o sentido último das coisas e de sua própria existência"(Redemptoris Missio, 2).1. Todos os Povos são chamados à salvação Na verdade, a humanidade inteira tem a vocação radical de voltar à sua origem, que é Deus, em quem e só em quem ela encontrará a sua plenitude por meio da restauração de todas as coisas em Cristo. A dispersão, a multiplicidade, o conflito, a inimizade serão repacificadas e reconciliadas através do sangue da Cruz e reconduzidas à unidade.O novo início já começou com a ressurreição e a exaltação de Cristo, que atrai a si todas as coisas, as renova, as torna participantes da eterna glória de Deus. O futuro da nova criação brilha já em nosso mundo e acende, mesmo se entre contradições e sofrimentos, a nossa esperança por uma vida nova. A missão da Igreja é "contagiar" de esperança todos os povos. Por isso, Cristo chama, justifica, santifica e envia os seus discípulos para anunciar o Reino de Deus, a fim de que todas as nações se tornem Povo de Deus. É somente nesta missão que se compreende e se confirma o verdadeiro caminho histórico da humanidade. A missão universal deve tornar-se uma constante fundamental na vida da Igreja. Anunciar o Evangelho deve ser para nós, como já dizia o apóstolo Paulo, um compromisso urgente e inadiável.2. Igreja peregrinaToda a Igreja, sem confins e sem fronteiras, se sente responsável por anunciar o Evangelho a todos os povos (cf. Evangelii Nuntiandi, 53). Ela, germe de esperança por vocação, deve continuar o serviço de Cristo no mundo. A sua missão e o seu serviço não se limitam às necessidades materiais ou mesmo espirituais confinadas à existência temporal, mas abarcam a salvação transcendente que se realiza no Reino de Deus. (cf. Evangelii Nuntiandi, 27). Este Reino, mesmo sendo em sua essência escatológico e não deste mundo (cf. Jo 18,36), está também neste mundo e em sua história é força de justiça, paz, verdadeira liberdade e respeito pela dignidade de todo o ser humano. A Igreja aspira a transformar o mundo com a proclamação do Evangelho do amor, "que ilumina incessantemente um mundo às escuras e nos dá a coragem de viver e agir e ... deste modo, fazer entrar a luz de Deus no mundo" (Deus Caritas est, 39). Esta é a missão e serviço em que, também com esta Mensagem, chamo a participar todos os membros e instituições da Igreja.3. Missão ad gentesA missão da Igreja é chamar todos os povos à salvação realizada por Deus em seu Filho encarnado. É necessário, portanto, renovar o compromisso de anunciar o Evangelho, fermento de liberdade e progresso, de fraternidade, união e paz (cf. Ad Gentes, 8). Desejo "novamente confirmar que a tarefa de evangelizar todos os homens constitui a missão essencial da Igreja" (Evangelii Nuntiandi, 14), tarefa e missão que as vastas e profundas mudanças da sociedade actual tornam ainda mais urgentes. Está em questão a salvação eterna das pessoas, o fim e a plenitude da história humana e do universo. Animados e inspirados pelo Apóstolo dos Gentios, devemos estar conscientes de que Deus tem um povo numeroso em todas as cidades percorridas também pelos apóstolos de hoje (cf. Act 18, 10). De facto, "a promessa é em favor de todos aqueles que estão longe, de todos aqueles que o Senhor nosso Deus chamar"(Act 2, 39).Toda a Igreja se deve empenhar na missão ad gentes, enquanto a soberania salvífica de Cristo não estiver plenamente realizada: "Agora, porém, ainda não vemos que tudo lhe esteja submetido" (Heb 2,8).4. Chamados a evangelizar também por meio do martírio Neste dia dedicado às missões, recordo na oração aqueles que fizeram de suas vidas uma exclusiva consagração ao trabalho de evangelização. Menciono em particular as Igrejas locais, os missionários e missionárias que testemunham e propagam o Reino de Deus em situações de perseguição, com formas de opressão que vão desde a discriminação social até à prisão, à tortura e à morte. Não são poucos aqueles que nos últimos anos morreram por causa do seu "Nome". É ainda de grande actualidade o que escreveu o meu venerado Predecessor, o Papa João Paulo II: "A comemoração jubilar descerrou-nos um cenário surpreendente, mostrando o nosso tempo particularmente rico de testemunhas, que souberam, ora dum modo ora doutro, viver o Evangelho em situações de hostilidade e perseguição até darem muitas vezes a prova suprema do sangue" (Novo Millennio Ineunte, 41).A participação na missão de Cristo, de facto, destaca também a vida dos anunciadores do Evangelho, aos quais é reservado o mesmo destino de seu Mestre. "Lembrem-se do que vos disse: nenhum servo é maior que o seu senhor. Se me perseguiram, também vos hão-de perseguir " (Jo 15, 20). A Igreja faz o mesmo caminho e passa por tudo aquilo que Cristo passou, porque não age baseando-se numa lógica humana ou usando a força, mas seguindo o caminho da Cruz e fazendo-se, em obediência filial ao Pai, testemunha e companheira de viagem desta humanidade. Às Igrejas antigas como às de recente fundação, recordo que são constituídas pelo Senhor como sal da terra e luz do mundo, chamadas a irradiar Cristo, Luz do mundo, até aos extremos confins da terra. A missão ad gentes deve ser a prioridade de seus planos pastorais. Para as Obras Missionárias Pontifícias vai o meu agradecimento e encorajamento pelo seu indispensável trabalho de animação, formação missionária e ajuda económica às jovens Igrejas. Por meio destas instituições pontifícias, realiza-se de forma admirável a comunhão entre as Igrejas, com a troca de dons, na solicitude recíproca e na comum programação missionária. 5. ConclusãoO impulso missionário sempre foi sinal de vitalidade de nossas Igrejas (cf. Redemptoris Missio, 2). É preciso, todavia, reafirmar que a evangelização é obra do Espírito, e que antes mesmo de ser acção, é testemunho e irradiação da luz de Cristo (cf. Redemptoris Missio, 26) através da Igreja local, que envia os seus missionários e missionárias para além de suas fronteiras. Rogo a todos os católicos que peçam ao Espírito Santo que aumente na Igreja a paixão pela missão de proclamar o Reino de Deus e que ajudem os missionários, as missionárias e as comunidades cristãs empenhadas nesta missão, muitas vezes em ambientes hostis de perseguição. Ao mesmo tempo, convido todos a darem um sinal credível da comunhão entre as Igrejas, com uma ajuda económica, especialmente neste período de crise que a humanidade está a viver, a fim de colocar as jovens Igrejas em condições de iluminar as pessoas com o Evangelho da caridade. Sirva-nos de guia em nossa acção missionária a Virgem Maria, Estrela da Evangelização, que deu ao mundo Cristo, luz das nações, para que Ele leve a salvação "até aos confins da terra" (Act 13, 47).A todos, a minha Bênção


Cidade do Vaticano, 29 de junho de 2009.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

"15de Outubro dia de nossa grande mestra de vida espiritual: Santa Teresa de Jesus"


Com grande alegria lembramos, hoje, da vida de santidade daquela que mereceu ser proclamada "Doutora da Igreja": Santa Teresa de Ávila (também conhecida como Santa Teresa de Jesus).Teresa nasceu em Ávila, na Espanha, em 1515 e foi educada de modo sólido e cristão, tanto assim que, quando criança, se encantou tanto com a leitura da vida dos santos mártires a ponto de ter combinado fugir com o irmão para uma região onde muitos cristãos eram martirizados; mas nada disso aconteceu graças à vigilância dos pais. Aos vinte anos, ingressou no Carmelo de Ávila, onde viveu um período no relaxamento, pois muito se apegou às criaturas, parentes e conversas destrutivas, assim como conta em seu livro biográfico. Certo dia, foi tocada pelo olhar da imagem de um Cristo sofredor, assumiu a partir dessa experiência a sua conversão e voltou ao fervor da espiritualidade carmelita, a ponto de criar uma espiritualidade modelo. Foi grande amiga do seu conselheiro espiritual São João da Cruz, também Doutor da Igreja, místico e reformador da parte masculina da Ordem Carmelita. Por meio de contatos místicos e com a orientação desse grande amigo, iniciou aos 40 anos de idade, com saúde abalada, a reforma do Carmelo feminino. Começou pela fundação do Carmelo de São José, fora dos muros de Ávila. Daí partiu para todas as direções da Espanha, criando novos Carmelos e reformando os antigos. Provocou com isso muitos ressentimentos por parte daqueles que não aceitavam a vida austera que propunha para o Carmelo reformado. Chegou a ter temporariamente revogada a licença para reformar outros conventos ou fundar novas casas.Santa Teresa deixou-nos várias obras grandiosas e profundas, principalmente escritas para as suas filhas do Carmelo : “O Caminho da Perfeição”, “Pensamentos sobre o Amor de Deus”, “Castelo Interior”, “A Vida”. Morreu em Alba de Tormes na noite de 15 de outubro de 1582 aos 67 anos, e em 1622 foi proclamada santa.O seu segredo foi o amor. Conseguiu fundar mais de trinta e dois mosteiros, além de recuperar o fervor primitivo de muitas carmelitas, juntamente com São João da Cruz. Teve sofrimentos físicos e morais antes de morrer, até que em 1582 disse uma das últimas palavras: "Senhor, sou filha de vossa Igreja. Como filha da Igreja Católica quero morrer". No dia 27 de setembro de 1970 o Papa Paulo VI reconheceu-lhe o título de Doutora da Igreja. Sua festa litúrgica é no dia 15 de outubro.Santa Teresa de Ávila é considerada um dos maiores gênios que a humanidade já produziu. Mesmo ateus e livres-pensadores são obrigados a enaltecer sua viva e arguta inteligência, a força persuasiva de seus argumentos, seu estilo vivo e atraente e seu profundo bom senso. O grande Doutor da Igreja, Santo Afonso Maria de Ligório, a tinha em tão alta estima que a escolheu como patrona, e a ela consagrou-se como filho espiritual, enaltecendo-a em muitos de seus escritos.


Santa Teresa de Ávila, rogai por nós!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

"Igreja no Brasil celebra Dia do Nascituro"


A Igreja no Brasil celebra nesta quinta-feira, 8, o Dia do Nascituro. Após a Semana Nacional da Vida, de 1 a 7 de outubro, a Igreja procura destacar a importância do nascituro como ser humano já concebido."Nascituro é a criança que está no ventro materno, desde a fecundação até o seu nascimento. Portanto, aquela que tem o direito de nascer", explica o presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família da CNBB, Dom Orlando Brandes. Segundo o arcebispo, a vida é muito ameaçada em todo o mundo. "É ameaçada pelo aborto, pela manipulação de células-tronco, pela eutanásia, pela fome, pela violência... Nós precisamos gritar a favor da vida humana". Por este motivo a CNBB instituiu o dia 8 de outubro como o Dia do Nascituro, e a data é celebrada desde 2005. A Igreja sempre se posicionou contra o aborto, enfatiza Dom Orlando, e explica que, além de desrespeitar o princípio básico da vida, este ato prejudica a própria mãe. "Antes de tudo, nós precisamos ser os defensores da vida, em obediência e respeito ao Criador. A vida é um bem primário, fundamental e básico. E o aborto é tirar uma vida humana, de alguém que tem o direito de existir. Além disso, faz muito mal a própria gestante. O aborto prejudica duas vidas, a vida da criança que é eliminada e a vida da mãe que é prejudicada". Para a coordenadora da Pastoral Familiar da Arquidiocese de São Paulo, Ana Maria Carvalho, parece contraditório falar em defesa da vida numa época em que a vida parece descartável. Mas quando se trata em defender o maior direito de todos, o direito a vida, a coordenadora é categórica. "Nós defensores da vida, que lutamos contra a maré, com a graça de Deus temos conseguido celebrar a vida e defendê-la através de celebrações, palestras, atividades paroquiais, para conscientizar as pessoas", comenta.Em todo o Brasil, na semana pela vida e especialmente no dia do nascituro, a Pastoral Familiar intensifica suas atividades, com o objetivo de sempre buscar uma reflexão sobre os diferentes ataques a vida. "Especialmente o problema do aborto, método que fere o direito de quem ainda está por nascer e que desde os primeiros dias de gestação o feto tem direitos, como a dignidade e integridade como pessoa", explica a coordenadora.Ana Maria lembra ainda que outro ataque a vida é a fertilização in vitro, método que segundo ela, produz milhares de embriões e aproveita poucos, como se a vida fosse descartável.A Coordenadora da Pastoral Familiar lembra que em todo o Brasil milhares de pessoas se unem hoje na luta pela vida. "Que Deus nos proteja e nos dê força e coragem para continuar lutando pela vida em todas as suas formas", conclui.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

"Celebrando Santa Faustina"


Celebrar a vida de um santo é celebrar a ação de Deus na vida de uma pessoa. Por isso, celebrar Santa Faustina Kowalska é celebrar a ação de Deus na vida desta mulher simples de nacionalidade polonesa, uma mulher que por sua simplicidade chamou a atenção de Deus recebendo dele uma missão grandiosa: dar a conhecer ao mundo a sua Misericórdia.É reconhecer que Deus pode fazer grandes coisas com instrumentos pequenos e pobres. De fato, Santa Faustina tinha somente o terceiro ano primário, e, na sua vida nunca ocupoui cargos de governo ou de grande importância, mas caracterizou-se pela simplicidade de vida: foi cozinheira, jardineira, sacristã, porteira. Ocupando postos de grande simplicidade, mas procurando ver em tudo o que fazia sempre a vontade de Deus.Reconhecer também que se eu me abrir, se eu permitir que Deus possa toque em mim, não obstante todos os limites de minha natureza: morais, espirituais, físicos e psicológicos, Deus pode fazer de mim um grande santo, pois para ele tudo é possível. Santa Faustina é exemplo de alguém que tendo uma natureza tão forte - era de temperamento colérico-sanguíneo - quando se abre à ação da Misericórdia de Deus é capaz de - entre lutas é claro - permitir que ele assuma o controle do seu temperamento, é capaz de permitir que Deus apesar da fragilidade de sua saúde, sirva-se dela para realizar coisas grandes. A única coisa que Deus precisa da parte de quem deseja ser santo é a abertura da pessoa, é que ela se decida a colaborar com ele. Celebrar Santa Faustina nos ajuda a contemplar isso, e a querer dizer a ele por sua intercessão: “Senhor, também estou aqui. Se quiseres, eu também quero colaborar contigo no processo da minha santificação”.


Padre Antônio Aguiar

(Fundador da Comunidade Anunciadores da Misericórdia)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

"Como entender Cristo na Hóstia consagrada?"


Só Deus pode 'transubstanciar'



Em todo ser há um conjunto de coisas que podem mudar, como o tamanho, a cor, o peso, o sabor, etc., e um substrato permanente que, conservando-se sempre o mesmo, caracteriza o ser, que não muda. Esse substrato é chamado substância, essência ou natureza do ser. Em qualquer pedaço de pão há coisas mutáveis: a cor, tamanho, gosto, o sabor, a posição, sem que a substância que as sustenta mude; esta substância ninguém vê; mas é uma realidade. Assim, há homens de cores diferentes, feições diferentes, etc.; mas todos possuem uma mesma substância: uma alma humana imortal, que se nota pelas suas faculdades, as quais os animais não têm: inteligência, liberdade, vontade, consciência, psique, entre outros.
Quando as palavras da consagração são pronunciadas sobre o pão, a substância deste muda ou se converte totalmente em substância do Corpo humano de Jesus (donde o nome "transubstanciação"), ficando, porém, os acidentes externos (aparências) do pão (gosto, cor, cheiro, sabor, tamanho, etc.); sendo assim, sem mudar de aparência, o pão consagrado já não é pão, mas é substancialmente o Corpo de Cristo. O mesmo se dá com o vinho; ao serem pronunciadas sobre ele as palavras da consagração; sua substância se converte na do Sangue do Senhor, pelo poder da intervenção da Onipotência Divina.
Isso explica como o Corpo de Cristo pode estar simultaneamente presente em diversas hóstias consagradas e em vários lugares ao mesmo tempo. Jesus não está presente na Eucaristia segundo as suas aparências, como o tamanho ou a localização no espaço. Uma vez que os fragmentos de pão se multiplicam com a sua localização própria no espaço; assim onde quer que haja um pedaço de pão consagrado, pode estar de fato o Corpo Eucarístico de Cristo.
Uma comparação: quando você olha para um espelho, aí você vê a imagem do seu rosto inteiro; se quebrá-lo em duas ou mais partes, a sua imagem não se quebrará com o espelho, mas continuará uma imagem inteira em cada pedaço.
É preciso, então, entender que a presença de Cristo Eucarístico pode se multiplicar, sem que o Corpo do Senhor se multiplique. Isso faz com que a presença do Cristo Eucarístico possa multiplicar (sem que o Corpo d'Ele se multiplique) se forem multiplicados os fragmentos de pão consagrados nos mais diversos lugares da Terra. Não há bilocação nem multilocação do Corpo de Cristo.
O Corpo de Cristo, sob os acidentes do pão, não tem extensão nem quantidade próprias; assim não se pode dizer que a tal fragmento da hóstia corresponda tal parte do Corpo de Cristo. Quando o pão consagrado é partido, só se parte a quantidade do pão, não o Corpo de Jesus.
Assim muitas hóstias e muitos fragmentos de hóstia não constituem muitos Cristos – o que seria absurdo – , mas muitas "presenças" de um só e mesmo Cristo. Analogamente a multiplicação dos espelhos não multiplica o objeto original, mas multiplica a presença desse objeto; também a multiplicação dos ouvintes de uma sinfonia não multiplica essa sinfonia, mas apenas a presença desta.
Por essas razões, quando se deteriora o Pão Eucarístico por efeito do tempo, da digestão ou de um outro agente corruptor, o que se estraga são apenas os acidentes do pão: quantidade, cor, figura, entre outros, e nesse caso, o Corpo de Cristo deixa de estar presente sob os Véus Eucarísticos; isso porque Nosso Senhor Jesus Cristo quis que, nas espécies ou nas aparências de pão e vinho, garantir a Sua presença sacramental, e não nas de algum outro corpo.
A fé católica ensina uma conversão total e absoluta da substância do pão na do Corpo de Cristo; o Concílio de Trento rejeitou a doutrina de Lutero, que admitia a “empanação” de Cristo: empanação, segundo a qual permaneceriam a substância do pão e a do vinho junto com a do Corpo e a do Sangue de Cristo; o pão continuaria a ser realmente pão (e não apenas segundo as aparências), o vinho continuaria a ser realmente vinho (e não apenas segundo as aparências), de tal sorte que o Corpo de Cristo estaria como que “revestido” de pão e vinho. Para o Concílio de Trento e, para a fé católica, esse tipo de presença de Cristo na Eucaristia é insuficiente; é preciso dizer que o pão e o vinho, em sua realidade íntima (substância), deixam de ser pão e vinho para se tornarem a realidade mesma do Corpo e do Sangue de Cristo.
Assim como na criação acontece o surgimento de todo o ser, também na Eucaristia há a conversão de todo o ser. Essa “conversão de todo o ser” é “conversão de toda a substância” ou “transubstanciação”.
Assim como só Deus pode criar (tirar um ser do nada), só Deus pode “transubstanciar”; ambas as atividade supõem um poder infinito que só o Senhor tem.
Para entender um pouco melhor o milagre da Transubstanciação podemos dizer ainda o seguinte: No milagre da Multiplicação dos Pães, Jesus mudou apenas a espécie do pão (no caso a quantidade), mas não mudou a sua natureza, continuou sendo pão. Quando Ele fez o milagre das Bodas de Caná, mudou a natureza da água (passou a ser vinho) e mudou também a sua espécie (cor, sabor, etc); no milagre da Transubstanciação, o Senhor muda apenas a natureza do pão e do vinho (passam a ser seu Corpo e Sangue) sem mudar a espécie (cor, sabor,cheiro, tamanho, etc.).
Tudo por amor a nós; Ele, o Rei do universo, se faz pequeno, humilde, indefeso... nas espécies sagradas do pão e do vinho, para ser nosso alimento, companheiro, modelo, exemplo, força, consolação...

Professor Felipe Aquino.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

"Você já rezou pelo seu Anjo da Guarda"?


Todos nós temos um anjo protetor, que é o nosso Anjo da Guarda, dado por Deus para nos conduzir e guardar em todos os caminhos até o céu.
É maravilhoso sabermos que o Senhor, na sua infinita bondade, põe um anjo ao nosso inteiro dispor para nos servir e para que seja nosso pedagogo. O nosso anjo quer, no dia de hoje e de maneira muito especial, nos inspirar e encorajar a fazer o bem em todos os momentos.
“O Senhor deu uma ordem a seus anjos para em todos os caminhos te guardarem” (Sl 90, 11).
Como está o seu relacionamento com o seu Anjo da Guarda? Conversemos hoje com ele, peçamos perdão pelas nossas indiferenças à sua presença e sejamos dóceis a sua voz, como o Senhor nos ordena: “Vou enviar um anjo que vá à tua a frente, que te guarde pelo caminho e te conduza ao lugar que te preparei. Respeita-o e ouve a sua voz” (Ex 23,20-21a).
“Santo anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a Piedade Divina, sempre me rege, guarde, governe e ilumine. Amém.”


Luzia Santiago.